Brasil tem 33 milhões de pessoas acima dos 60 anos; geriatra explica os cuidados que são necessários a medida que a população envelhece
Celebrado em 1º de outubro, o Dia Nacional e Internacional do Idoso traz à tona o debate sobre a qualidade de vida da população idosa. Alguns dos fatores de saúde a serem observados nos brasileiros acima de 60 anos são as doenças crônicas, afinal, muitas delas atingem esse público.
Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2024, o Brasil possui uma população significativa de pessoas com 60 anos ou mais, totalizando 33 milhões de indivíduos. Essa tendência de envelhecimento também é evidente na capital paulista, que abriga aproximadamente 2 milhões de idosos, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento.
De acordo com o Guia de Cuidado para a Pessoa Idosa, do Ministério da Saúde, durante o processo de envelhecer, pode acontecer de um idoso ter de lidar com uma ou mais doenças crônicas – como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, neurológicas e respiratórias.
“A prevenção e o manejo adequado das doenças crônicas na população idosa são medidas que focam em garantir o envelhecimento ativo do idoso. Doenças crônicas não controladas representam a maior ameaça à independência do idoso, pois são as principais causas de complicações que levam à incapacidade, como o AVC (Acidente Vascular Cerebral)”, explica a Dra. Graziela Ivanov, geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Outro fator que reforça a necessidade de adaptação ao envelhecimento da sociedade é a projeção do IBGE: até 2070, os idosos deverão representar cerca de 35% da população brasileira.
“Com a expectativa de vida em constante crescimento, torna-se essencial adotar hábitos saudáveis: uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas, minerais, proteínas e fibras, com moderação no consumo de sal e gorduras, hidratação adequada e prática regular de atividade física são medidas indispensáveis”, destaca a médica.
A geriatra também ressalta que o acompanhamento médico de rotina não pode ser negligenciado. Consultas regulares, preferencialmente com um geriatra, e exames periódicos garantem a detecção precoce de doenças.
“O uso correto de medicamentos também merece atenção especial nessa fase da vida. A polifarmácia — uso de múltiplos remédios — é frequente entre idosos e exige acompanhamento profissional para prevenir interações e reações adversas”, ressalta.
Hospital em São Paulo tem pronto-socorro exclusivo para o público 60+
O Pronto-Socorro 60+ da Rede São Camilo, localizado na Unidade Pompeia, é uma referência especializada em atendimento de urgência e emergência para pessoas com 60 anos ou mais. O serviço foi criado com o objetivo de oferecer uma assistência de excelência e qualidade no cuidado, buscando auxiliar ativamente no processo de envelhecimento saudável.
“O foco principal do PS 60+ é garantir uma experiência mais tranquila para esse público. Isso envolve a meta de desospitalizar o idoso com brevidade, assegurando que ele retorne para casa com sua funcionalidade preservada e com o devido controle de doenças crônicas”, comenta a geriatra.
A qualidade do atendimento prestado pelo Hospital São Camilo é reconhecida pelo recebimento do selo Amigo do Idoso. Essa certificação reconhece instituições que promovem e apoiam a qualificação geronto-geriátrica, tornando-se uma referência assistencial que inclui, valoriza e preserva a autonomia e independência dos idosos.
