Oxigenoterapia hiperbárica chega na Unidade Santana do São Camilo em São Paulo

Publicação: 09/10/2024

A inauguração é uma expansão da modalidade de tratamento que é minimamente invasiva para o tratamento de feridas complexas, queimaduras e outras  lesões 

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo expande a capacidade de tratamento por oxigenoterapia hiperbárica com o início do atendimento na unidade Santana.  Com  5 novas câmaras hiperbáricas, pacientes podem realizar o tratamento de oxigenoterapia, altamente eficaz para o tratamento de feridas complexas e queimaduras.

A Unidade em Pompeia, na capital paulista, também possui o serviço que consiste em fazer o paciente respirar oxigênio puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão de duas a três vezes a pressão atmosférica ao nível do mar, no interior de uma câmara hiperbárica.

“Essa terapia contempla a aplicação de protocolos em ambientes pressurizados para o tratamento de patologias com uma melhor resposta nessas condições”, explica o infectologista, Dr. Ivan Marinho, responsável pela área de oxigenoterapia hiperbárica na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa  da Medicina Hiperbárica (IBEPMH).

Realizado por meio de uma câmara hiperbárica – equipamento fechado comumente no formato cilíndrico , pressurizado com oxigênio puro –, a modalidade terapêutica é indicada para condições como doença descompressiva, embolia gasosa ou traumática pelo ar, envenenamento por monóxido de carbono, gangrena gasosa, feridas complexas como síndrome de Fournier, isquemias agudas traumáticas, vasculites, queimaduras, pé diabético infectado, lesões por radiação, infecções ou isquemias do pós operatório, osteomielite entre outras.
 

Como a oxigenoterapia age no organismo?

O Dr. Marinho ressalta que a oxigenoterapia é importante por ser um tratamento minimamente invasivo. “O procedimento consiste basicamente em o paciente entrar dentro da câmara  para respirar o oxigênio 100% puro a uma pressão maior do que a atmosférica”, reforça ele.

Segundo o especialista, o paciente recebe uma oxigenação muito maior nos tecidos do corpo. “Como nutriente fundamental para nossas células, o oxigênio age diretamente sobre as mitocôndrias acelerando o processo de produção de energia e estimulando as células de defesa, fibroblastos a produzirem mais colágeno e  acelerar a cicatrização de diversos tipos de feridas e compensar um déficit de oxigênio que vem de entupimentos de vasos sanguíneos ou da destruição destes – como ocorre em situações de lesão por esmagamento ou amputação – e ajuda na cicatrização de feridas agudas”, comenta o médico.

A oxigenoterapia hiperbárica também é uma forma de neutralizar substâncias tóxicas e toxinas e potencializa a ação de alguns antibióticos, tornando-os mais eficientes. O Dr. Marinho lista algumas condições que podem ser tratadas com a oxigenoterapia:

  • – Intoxicação por monóxido de carbono ou inalação de fumaça;
  • – Envenenamento por gás cianídrico/sulfídrico;
  • – Síndrome de Fournier (infecção necrotizante que atinge as regiões íntimas);
  • – Pés diabéticos;
  • – Osteomielites;
  • – Isquemia aguda pós traumática;
  • – Feridas Crônicas;
  • – Infecções de sítio cirúrgico.


Além disso, o especialista reforça que esse tratamento possui indicações bem definidas, sendo que o uso dele de forma incorreta pode trazer riscos à saúde.